A Europa é redonda (15)


Para quem gosta de golos, o melhor dia de sempre de um Europeu. Foram marcados dezoito golos em quatro partidas, a começar pela Suécia que abriu, bem cedo o marcador perante a Polónia, a Espanha, que falhou um penálti antes de soltar a marcar de todas as maneiras, Portugal e França, Hungria e Alemanha, que empataram com muitos golos marcados. Mas também foi neste Grupo F que se viveu, pelo menos por cá, com o coração nas mãos. 

Euro que é Euro tem Portugal a apurar-se para lá da fase de grupos. Mas também parece que não escapa a incerteza no resultado até ao apito final do árbitro. Começamos o jogo em terceiro lugar, mas o primeiro golo húngaro, marcado em Munique, lançou-nos para a segunda posição. Lugar que, à meia-hora de jogo, galgaríamos com Cristiano Ronaldo a colocar-nos no topo da tabela. Durou pouco, no entanto. Antes do intervalo a França ultrapassava-nos com um golo, que Benzema repetiria dose no regresso dos balneários. E sim, Portugal fora do Europeu. 

Voltaria, no entanto, Cristiano Ronaldo, para nos recolocar na segunda posição à passagem da hora de jogo. Havertz desiludia-nos, Schafer reanimava-nos (de par com o medo de voltar a Hungria a marcar e isso ser, no fundo, má notícia), mas Goretzka viria mesmo a colocar-nos na posição com que nos haveríamos de apurar. Faltava ainda jogar a compensação em Budapeste quando acabou o jogo de Munique. E nesse momento, o nosso coração, cansado, parecia disposto a descansar, com Fernando Santos aos pulos, na linha lateral, a querer um golo que ainda nos pudesse andar mais uma volta no carrossel. Ficou como ficou, Portugal segue em prova. E como disse o meu amigo Nuno Matos, ¡Hola Andalucía!