O discurso do Primeiro-Ministro na posse do XXIV Governo Constitucional estabelece a linha condutora que Luís Montenegro pretende impor no palco político. De um lado, a ideia de que ter mais um voto nas eleições é sinal de vitória incontestável. Do outro, a denúncia enquanto força de bloqueio de quem não seguir a sua ideia. Os silêncios e o discurso de Montenegro ensaiam uma aproximação ao estilo de Cavaco Silva, numa espécie de regresso a campo de uma velha sombra que anima aqueles que não olham às consequências dos seus atos. Na lógica da sobrevivência do PSD, faz sentido. Luís Montenegro aspira a anos de sucesso na condução do país e esses anos estão, inevitavelmente, aliados a uma memória açucarada pelos dinheiros da União Europeia do que foram os governos de Cavaco. A postura de Luís Montenegro condiciona a estratégia do PS. Pedro Nuno Santos quer ser oposição ao líder do Governo, mas o líder do Governo quer ser o líder do bloco moderado contra o bloco radical. Quer PSD, quer P
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