No dia 10 de março, o meu voto estará com a CDU

A política é algo de todos os dias. A forma como nos comportamos, os caminhos que escolhemos, as opções que tomamos são a nossa maneira de sermos políticos. A maneira como nos relacionamos, como trabalhamos, como nos divertimos são, todas elas, atividades políticas na sua essência. Porque ao viver nos estamos a definir na comunidade onde nos inserimos. 

O processo eleitoral tende a cortar com esse entendimento das coisas. No espaço mediático, sob a pressão do resultado, as candidaturas transformam o que é um labor de ciência, conhecimento e profunda dedicação à causa pública, num espetáculo que degrada o nosso entendimento da vida comum. Procurando conquistar o voto não pela competência política, mas pela mediatização da mediocridade do outro. 

Viver um processo eleitoral tornou-se, para uma grande maioria das pessoas, um momento penoso. A constância das promessas, a facilitação daquilo que é reconhecidamente complexo, o constante foco em questões que dizem pouco à vida das pessoas afasta-nos desse processo. Tenho uma enorme compreensão para os que escolhem abster-se de nele participar. Mas precisamos de ser mais fortes. 

A democracia que construímos depois do 25 de abril de 1974 baseia-se na nossa disponibilidade para participar. Essa participação exige força e luta. Na defesa dos nossos direitos. Na afirmação das nossas liberdades. Muitos se dedicam a isso todos os dias. Mas todos têm o poder de conformar os dias da política com a sua ação no dia da votação. Votar é o menor esforço que podemos fazer para defender a nossa democracia, mas com o maior efeito. Daí ser fundamental que participemos. 

No dia 10 de março, o meu voto estará com a CDU. Por ser a força que mais acompanha os portugueses nos reais problemas que afetam as suas vidas. Por ser a força que não abdica de se posicionar perante aqueles que nos querem retirar a ciência, o conhecimento, a liberdade, a segurança. Por ser a força que está todos os dias com aqueles que mais precisam. Por ser quem menos cede ao espetáculo, sem nunca ceder na política. Por ser a força que precisamos.