A Europa é redonda (2)

Um bom dia para dar música, o do início do Europeu, que é o que eu faço na edição de hoje do Jornal Expresso, na Revista, onde vão poder encontrar “A Playlist de Fernando Santos”, um texto que explica como joga a equipa de todos nós e como poderia jogar (ou como acabará por jogar, mais cedo ou mais tarde). Está disponível em papel e online


Neste dia onde se misturam sentimentos positivos e negativos, a notícia da morte de Neno, um dos grandes guarda-redes dos tempos da minha infância, adolescência, pelo que defendia, pelo sorriso, pela vontade de dar espetáculo (e, sim, fazia-o mesmo fora de campo, quando cantava e encantava por aí). O Neno era o divertimento em pessoa e isso tornava o futebol qualquer coisa de mais atrativo. Parte cedo, ele que jogou nove vezes pela seleção portuguesa, mas não esteve em nenhuma das grandes competições internacionais - o seu último jogo com as Quinas ao peito foi na preparação do Euro 96.

Mais logo começamos a enfrentar a realidade, depois de umas semanas a tentar imaginar o que por aí vem. Revistas e sites lidos, podcasts ouvidos, a certeza de que algum dos favoritos vai ficar pelo caminho e de que um jogador em quem não acreditávamos acabará por ser decisivo em algum momento. Há jogadores que escolhem os Euros ou o Mundiais para fazer os jogos das vidas deles - e por isso nunca mais serão esquecidos. À entrada de uma prova destas, todos esperamos estar lá para ver esse impossível acontecer.