Lançou-se a primeira bola nos Jogos Olímpicos de Tóquio com um encontro de Softball entre Austrália e Japão. A equipa da casa saiu vitoriosa, o que pode ser um bom sinal para o país organizador, mas as primeiras a festejar foram as australianas, conseguindo o ponto inaugural na partida. Michelle Cox finalizou a jogada, depois de Chelsea Forkin ter sido atingida pelo lançamento de Yukiko Ueno. Terá sabido a pouco, já que a Austrália perdeu por 1 a 8, mas valeu pelo momento de vantagem. Pequenas vitórias, também é disso que se fazem os Jogos deste ano.
Tudo isto depois de ontem ter corrido a ameaça de um cancelamento dos Jogos. O diretor do Comité Organizador lançou a ideia numa Conferência de Imprensa, numa altura em que, pelo Japão, o número de casos preocupa e a reação da população é pouco favorável à festa inerente da presença de milhares de atletas no país. No entanto, como explicou o Miguel Guerreiro, jornalista da SIC no Japão, a Aldeia Olímpica tem sido um reduto quase inexpugnável ao vírus. Em onze mil pessoas credenciadas, apenas cinco casos registados. Os Jogos da era da pandemia serão sempre sofridos, mas os rumores parecem altamente exagerados.
Entre os portugueses, tudo se apresta para que logo após a cerimónia de abertura, a realizar na próxima sexta-feira, a competição traga emoções em alta. Sábado será dia de estreia para diversas modalidades e atletas lusos que enfrentam, finalmente, o colocar à prova das capacidades trabalhadas ao longo de cinco anos. Por vezes espera-se demasiado das medalhas que não compreendem o esforço do percurso para estar a competir entre os melhores do mundo. Ser olímpico é, acima de tudo, compreender do que é feito o desporto. Seguros de que, depois de todas as peripécias para aqui chegar, quem for a jogo, já o fará como vencedor.