O futuro tem opção

Ilustração de Gilbert Garcin

Há modelos que se repetem até à eternidade. O Governo foi ontem à Praia de Santa Cruz para dizer que é com o PS que quer trabalhar no futuro de Torres Vedras, da mesma maneira que Presidentes de Câmara foram, no passado, a cada freguesia deste Concelho dizer que ou o Presidente da Junta era da sua força política ou a população passaria por dificuldades. A lógica mantém-se a mesma. A democracia só é válida enquanto quem manda está satisfeito. 

Os ventos de Santa Cruz ao fim da tarde anunciaram também com quem se faz a corrida até 26 de setembro. Para o Partido Socialista, o que importa é vencer o seu principal adversário, o PSD de Rui Rio (que também por cá passou por estes dias), transportando para os números nacionais aquilo que é a realidade local. Nem mais, nem menos. Porque aquilo que importará na noite eleitoral é ficar bem com o Primeiro-ministro, as populações podem bem continuar a ansiar o seu futuro pela televisão. A lógica, lá está. A democracia só é válida se ficar bem na capa do jornal. 

O que também já se percebeu é que a lógica pode mudar e os modelos repetitivos encontram o seu fim. Assim o queira a população. No Movimento Cívico Unidos por Torres Vedras, as corridas não se fazem para agradar a quem manda, fazem-se para encontrar soluções para os problemas da população de todas as freguesias do Concelho. Também não se contarão espingardas para outras lutas que não sejam aquelas que beneficiarão o futuro de Torres Vedras. Num momento em que tantos querem que tudo fique na mesma, está na hora de mudar.