Uma visão integrada para a Cultura no Concelho será a base de um trabalho de futuro, onde a identidade local é reforçada com a transformação de Torres Vedras numa referência nacional e internacional para eventos de natureza cultural.
Perguntarão para que servirá uma Casa da Cultura? Numa autarquia onde as diferentes estruturas têm competido entre si por públicos e relevância, essa é a mudança essencial que o Unidos por Torres Vedras pretende operar. A Casa da Cultura será a âncora do processo de regeneração e transformação do nosso concelho e terá como prioridade a promoção do que é desenvolvido localmente. Conjugará as diferentes estruturas da área da cultura, promovendo a cooperação entre todas.
O conhecimento dos públicos e o seu desenvolvimento deve sempre ser um processo participativo. Daí a programação estar aberta aos contributos de quem cria e de quem usufrui. Desenvolveremos fortes ligações às associações e aos artistas locais e a sua programação será determinada, num mínimo de 30%, por proposta das associações locais, de grupos de cidadãos ou cidadãos isoladamente.
Apesar da forte dinâmica cultural do nosso concelho, através das suas associações locais, de grupos informais e de promotores privados, muitas vezes nos passa ao lado a riqueza desta programação. Para isso haverá um espaço de divulgação de agenda centralizada com constante abertura para novas visões que se enquadrem nesta política de desenvolvimento cultural, quer da estrutura municipal ,quer de outros promotores.
A centralidade de Torres Vedras deverá promover o nosso concelho como um espaço de referência para a realização de eventos de natureza cultural, com o Carnaval, o Ocean Spirit, os Bang Awards, as Festas da Cidade e o Festival Novas Invasões a merecerem um estudo e análise, a revisão da sua organização e o estabelecimento de metas para o aumento do seu impacto a nível regional, nacional e internacional. Apresentamos novas propostas, como o Festival das Comunidades (espaço multicultural, de encontro das comunidades), melhorando e acertando a agenda de concertos, espetáculos e exposições, utilizando a capacidade de estruturas já existentes com esta finalidade em todo o território.
O desenvolvimento de processos transformadores na área da Cultura tem na Biblioteca um dos seus instrumentos. A Biblioteca Municipal sairá fora de portas com um processo de digitalização que promoverá o acesso ao seu acervo por todo o território.
Novos públicos serão conquistados afinando a conexão entre a cultura e a educação. A centralização dos Serviços Educativos permitirá agilizar processos de visitas, parcerias, protocolos com as escolas, famílias e demais visitantes do concelho.
Com vista à realização de mais espetáculos culturais nas várias freguesias do Concelho, é necessário dotar espaços de referência que atualmente, pertencendo a associações locais ou juntas de freguesia, precisam de intervenções para licenciamento ou para melhoria das condições oferecidas. A identificação e fortalecimento do mapa de espaços culturais no concelho é uma resposta que visa promover a descentralização dos eventos.
Finalmente, o abandono da dimensão cultural do projeto previsto no espaço do Parque de Estacionamento é um passo atrás no reforço da vida cultural e de lazer no Centro Histórico. A recuperação do espaço envolvente à Igreja de Santiago é fundamental para a criação de uma nova centralidade cultural nesta zona, alargando o projeto de revitalização à Praça Machado Santos.